domingo, 3 de junho de 2018

Esqueço a saudade...


Sobre os passos que faltam às horas,
há uma sombra que escurece a calma.
Entardece e é a hora das cigarras,
 o que é feito de ti; inquire a minha alma.

Correm por aqui e por ali mil torturas!...
Nos minutos que me levam a palma.
Enquanto o dia se esvai nas fisuras.
Não sei se a visão é um dom ou é trauma.

Assim… perdida de mim sou um otimo actor!
Esqueço a saudade, esqueço o teu rosto.
E até o desejo é caso perdido: o oposto.

Do ocaso que ilumina a terra com gosto.
Chega a noite e a escuridão faz furor.
Mas é um suspiro quem se afunda sem dor!




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Poesia falada, Mulher Alentejana.