quinta-feira, 12 de setembro de 2019

A curva...


O instante pode omitir a Liberdade
a fraternidade não passe de Lembrança
e o Sonho do homem só seja vaidade.
Enquanto nascer uma Criança
ainda há Esperança de bondade.

Talvez a morte seja só a Passagem
a sorte seja a Força de vontade
e as pedras da ladeira, Miragem.
Talvez os Irmãos sejam isso, mesmo
o tempo seja Bandeira desfraldada
o pensamento altar Iluminado
e a guerra do mundo… Apagada.

Talvez a Rocha seja o cerne
A visão a Luminária
E o poeta seja, Errante.
Mesmo assim, os Versos são a catenária
A Curva invisível mas flagrante
Que se ergue no Delubro da palavra.


sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Setembro...


Olho em redor e prevejo o deserto
de um dia de inferno.
As evidências dizem: estás louca!...
O calor de setembro é prenúncio de verão
o sol que sorri é vitória certa
numa tarde sem fim.

Olho em redor e adivinho o vazio.
O frio pertinente, a chuva que falta…
O vento no meu rosto!

Enquanto este calor infernal
se assemelha a agosto.

Poesia falada, Mulher Alentejana.