Se o tempo deixar
que registe um poema de amor.
Decifrarei devagar
as curvas do teu corpo.
As silabas
serão um reflexo de paixão e de cor.
Os acentos e
as vírgulas, os beijos num sopro.
No texto
acentuarei os sinónimos em clamor.
Deixarei às
margens um porto de abrigo.
Onde cansados os sentidos buscam ardor.
E as nossas
almas se encostam ao postigo…
Claridade num
verso sucinto… amor imortal.
Procurarei cimentar
um lugar, muito nosso.
Deixando à
paixão as linhas, de igual para igual.
Se o tempo
permitir um poema; eu posso…
A tinta-da-china
rescrever, bem-querer, abissal.
Será a paixão
um altar e na morte… Colosso!