Há um Maio em sepulcros imaginados
A vitória espelhada nas solas de sapatos rotos
Que diz a história das ilusões desgrenhas
Das vitórias ao suor e à pele roubadas.
Nas ruas um mar de gente, que sentiu
No estômago a fome que rugiu
O medo, a morte dos mancebos
Desventradas as mulheres e os credos
Permite a dois mil e vinte a indecisão
Mas acredita que uma papoila é união.