terça-feira, 29 de junho de 2021

A sua estrada...


!

Foi no campo que a ceifa começou

e no barro a minha alma foi lavrada.

Na planície a minha mente debruou

os socalcos de uma terra abençoada.

 

Foi dos dias em que tudo despontou…

A jornada que carrego, já cansada!

As memórias de uma gente que suou

as agruras de uma vida, a sua estrada.

 

Deste Tempo que o tempo endoidou.

Como é gasta a palavra enviesada.

Abafada, numa estrada, que levou…

 

Os sonhos que a charneca engalanada.

Impeliu na criança que um dia recriou…

         A palavra que vestiu, endiabrada! 




 

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Poesia falada, Mulher Alentejana.