quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Por não saber onde estás

 


No mais profundo silencio

neste mar que esvazia os sonhos

venero o chilrear dos pássaros

e penso em ti…

 

Por não saber onde estás

e nem sequer se existes no mundo real

é como se a onda inundasse a terra

e o pensamento é surreal.

 

Deixo que voe este pensar

embalado na mais bela melodia

que é o trinado do rouxinol.

Enquanto o tempo foge apressado

e os versos caminham sem sentido

tentando dar sentido à vida

que é de fugida.

 

Onde estás…

Quem sabe perdido na noite vadia

ou preso em frágil utopia

podes estar ao virar da esquina

ou a olhar…

Os versos que voam e nas asas levam

a minha sina.

 


 

 

 


Poesia falada, Mulher Alentejana.