Quando a razão me pede:
Escreve um poema de amor.
Levo a mão ao coração e busco por entre as chagas,
uma margarida em flor.
Apressa-se a saudade e atira aos meus pés; adagas.
Ato a margarida a uma roseira e até os espinhos são fúteis facas.
Cortam o condão de versos de amor dizer.
Porém... junto às folhas caídas as raízes sobrevivem,
e no meio do labirinto o seu rosto é matiz.
Pode ser azul celeste, ou, então, é verde água.
Até o branco dos cabelos é lilás ou violeta;
e por entre as silabas nasce aos meus olhos o poema...
Fraco, eu, sei, mas abre os braços à vida!
Virado ao contrário são os meus sonhos fadário,
columbina, imaginário...
Pétalas surripiadas à minha alma cansada.
De todos os versos que neguei
nasceu o mais completo, eu sei!
Poema revisto.
(Original de 2014 no Blogue http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/)
sexta-feira, 29 de junho de 2018
domingo, 3 de junho de 2018
Esqueço a saudade...
Sobre os
passos que faltam às horas,
há uma
sombra que escurece a calma.
Entardece e
é a hora das cigarras,
o que é feito de ti; inquire a minha alma.
Correm por
aqui e por ali mil torturas!...
Nos minutos
que me levam a palma.
Enquanto o
dia se esvai nas fisuras.
Não sei se a
visão é um dom ou é trauma.
Assim… perdida
de mim sou um otimo actor!
Esqueço a
saudade, esqueço o teu rosto.
E até o
desejo é caso perdido: o oposto.
Do ocaso que
ilumina a terra com gosto.
Chega a
noite e a escuridão faz furor.
Mas é um suspiro quem se afunda sem dor!
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