Não sei se é
o tempo que é picuinhas.
Ou se o momento
perdeu caducidade.
Nem sequer
sei se é tua ou minha a verdade.
Dizem que a
água mais pura mata a sede com vontade
e que o sol
aquece a alma.
Dizem que o
tempo tudo esquece e que frio é passageiro.
Dizem… Dizem!
Foram tantas
as palavras em contramão.
Tantas as
vontades naufragadas.
Tanto medo!...
E a saudade secumbe
às mãos da
ilusão.
Não sei, nem
sequer quero saber a cor da terra,
no dia em
que a vida for um sopro.
Até lá: correm
as ideias desvairadas…
As mãos
buscam o coforto de outras mãos.
E o corpo já
esqueceu a dor.
Não sei se é
o tempo que é picuinhas…
Se sou eu
que acredito em pirilampos…
Mas sei que
ele é o manto
que apaga dos
dias a lembrança!