quinta-feira, 24 de maio de 2018

Miragem...


Correm os dias ao sabor do vento.
Para tras a memória daquilo que não é.
Gasta a ilusão sem qualquer visão.
Mas as asas são fracas e o credo é de barro.
Até as lágrimas secaram e o sol empurra o escuro…
Enquanto o coração se abre sem banzé!

Que é feito de ti, sonho que desconheço.
Que é feito das promessas e das noites de luar.
Que é feito da vontade… ou do vagar.
Se corres apressado e nem te apercebes.

Grita o silencio nos olhos cavados.
O amor empurraste para a tumba fria.
Mas não reparaste tal foi a correria!...

Nada restou… foi só tempo perdido.
Gritam as paredes à tua pasagem:
O rei vai nu… ou será miragem.



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Poesia falada, Mulher Alentejana.