Correm os
dias ao sabor do vento.
Para tras a
memória daquilo que não é.
Gasta a
ilusão sem qualquer visão.
Mas as asas são
fracas e o credo é de barro.
Até as lágrimas
secaram e o sol empurra o escuro…
Enquanto o
coração se abre sem banzé!
Que é feito de
ti, sonho que desconheço.
Que é feito
das promessas e das noites de luar.
Que é feito
da vontade… ou do vagar.
Se corres
apressado e nem te apercebes.
Grita o silencio
nos olhos cavados.
O amor
empurraste para a tumba fria.
Mas não
reparaste tal foi a correria!...
Nada restou…
foi só tempo perdido.
Gritam as
paredes à tua pasagem:
O rei vai nu…
ou será miragem.
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