sábado, 4 de abril de 2020

Poetas de Lisboa...


Poetas de Lisboa…

Vejo por aí os poetas, em letras de fraca ousadia.
Falam de Lisboa, de ruas sem vida, ironia!...
É esse estar sem passar, essa dormência sem ver…
As ruas desta cidade, o passado a acontecer.

Vejo por aí os poetas sem o intento que procurei.
Falar da cidade com luz em versos sem qualquer rei.
Limitada é a alma com receio do que não vê.
Nem as calçadas entendem; o porquê!

Vejo por aí os poetas, escrever dos sonhos em cruz.
Quando a morte ordena que o presente seja de luz.
E as ruas desta Lisboa, cheias de sombras sem vida.
Sejam o eco da esperança, na mais larga avenida.




Poesia Falada.