Rendilham os
dias em desaire.
Até o azul
perdeu o brilho. Escuro
é o reflexo das
luzes a céu aberto.
Enquanto os
amantes se esquecem de amar!
Não sei se o
sol é uma estrela no universo
ou se a lua
é um satélite naufragado.
Já que os
corpos tremem ao sol
e as mãos esquentam
a noite,
enquanto dedilham
uma espécie de fado.
O fardo não
está no lapso, está no desejo!
Qualquer
isco é um batom vermelho.
A alma é uma
corda bamba, nua e fria…
Numa rota
deslavada um trinar amargurado.
Perde-se na
calçada. Amanhã: um novo dia,
a mesma
correria, mãos e corpos amontoados.
Não!... Não
é poesia, não é musa, nem cupido.
É a sina que
passa em brado…
Numa esquina
qualquer!
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