quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Instante…


Quem sabe sou eu que estou cansada.
deixo sempre ao tempo o tempo certo.
Por mais insidiosa que seja a estrada
nas bermas há sempre algo de concreto.

Perene… a origem onde sacio a caminhada…
Lá atrás está o momento a céu aberto
e a seu lado a saudade enamorada,
neutralizada pela luz fria do deserto.

A oportunidade quase sempre nos avisa.
Nada acontece por acontecer… Indecisa
é a inquietação no verbo agradecer.

Ah quantas são as sombras ao entardecer!...
E mesmo assim reanimam até este escurecer,
já que um instante na penumbra profetiza.






Sem comentários:

Enviar um comentário

Poesia falada, Mulher Alentejana.