Não quero
certezas, nem sequer o degredo
de um copo
meio cheio.
Imperfeita e
incompleta é a parcimónia
além da
conta.
Corro conta
o tempo, num frenesim inequívoco.
Esquivo e
oco
é o grito
que jorra da alma
sem temperança.
Escavado no
sentir.
Apto a
sorrir!
Ai!... Cantilena
absurda
rufia e fantasmagórica.
Embala com
leveza o eco
da minha voz.
Leva de
vencida a saudade
e até a
verdade imita a vontade
de negar.
É em dias
como este que inclino o olhar!...
Dou o meu
melhor ao acto de espreitar.
Ainda assim;
sinto no peito o vento.
Passa por mim
um deserto, imenso.
E meu
coração já de si retraído
ensaia um
estranho gemido…
Perde-se do essencial;
num formigueiro
surreal.
E o tempo
concreto, não passa de um beco;
por onde as crenças
vagueiam!...
Sem foz.
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