Não me peças silêncio nesta hora.
Quando só resta o eco aos montes!
As palavras são grinaldas de flores.
E o silêncio atrofia.
Não me peças silêncio.
Só me resta gritar,
enquanto posso chorar.
O silêncio será senhor…
Na terra coberta de cinza.
Nas asas do vento voam gritos silenciados!…
Não será a inercia… o mal?
O eco pode ser medonho,
mais cinza que a cinza.
Mesmo, assim: Voará na voz dos vivos…
Será dor, raiva ou impotência.
Mas será a memória.
Que os mortos deixaram antes de partir.
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