segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Ventania...


Pressinto no murmurar das árvores
um choro, inaudível, parece rogar…
Numa prece singela que lembram as dores.
É quem sabe o prazer de ver o vento a passar.

Parecem gritar: olha o arco íris, as suas cores.
As nuvens numa correria sem par.
Olha o céu que testemunha os amores
Do sol e da lua antes da noite chegar.

Pressinto no seu murmurar a solidão.
E peço ao vento que seja ligeiro.
Que te afaste de vez do meu coração.

Tal como o delas o meu choro é inteiro.
Não tem medo do tempo em contramão.
Nem da ventania se trouxer aguaceiro.

Outros espaços da autora http://porentrefiosdeneve.blogspot.pt/

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Poesia falada, Mulher Alentejana.