Sei que até
olhas numa transparência muda,
silenciosa e
ardilosa no acto de descomprimir
sei que até
olhas um espelho frio de medusa;
ó de lusa,
alma singela, ira que incita ao fingir.
Não é bela a
vida “Bela” de uma vida imunda.
Como é breve
o grito “Breve” de ossos a partir
Como é fria
a mortalha. Extensa e confusa
a ironia.
Oito de Março o fracasso no sentir!
Rasguem os
sorrisos, as flores, os chocolates.
Olvidemos mariposas
e melodias, neste dia.
Mas não
virem a cara ao flagelo. Quem diria!...
Que aos pés
tombam soltas as lágrimas e a heresia
e o sudário
que cobre de preto todas as bondades.
É o silêncio
que peca, nega e admite barbáries.
Incrível e admirável, na criatividade e no impacto. A poesia é uma arte muito difícil, mas acontece. Parabéns!
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