quinta-feira, 4 de abril de 2019

Sou um ser campestre…


O silêncio suporta no colo a incerteza.
Os dias; de um desapego astuto, são
grinaldas de flores, murchas, pela destreza
com que omito a saudade no coração.

Dizem as horas que na correnteza
correm percalços e a imaginação…
Do que era, do que não foi!... A frieza
está no vento… já não corre de feição!

Que é feito de ti nessa colina, agreste.
Que são dos teus passos na urbe, eterna.
Que é da minha alma… Sou um ser campestre.

Perdida num labirinto, ou numa esquina;
busco a paz que não tenho, omito o cerne…
Quem me rouba esta esperança, franzina.




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Poesia falada, Mulher Alentejana.