sexta-feira, 15 de março de 2019

Andei pela cidade...


Andei pela cidade ao encontro do sol…
As ruelas alongaram os braços ao meu passar.
As Pedras são as mesmas… as Esquinas… acomodadas
nas fachadas mais velhas!...

As janelas de vidros partidos; acho que choraram.
Talvez recordassem uma criança esguia.
Os telhados são o berço de pombos vadios.
E os beirais o trapézio dos pardais.
As chaminés… as sentinelas através do tempo.

Andei pela cidade e senti falta de sorrisos.
Tudo o resto lá estava…
Como se o tempo tivesse parado.

Andei pela cidade e não me encontrei!...
Nas costas curvados dos velhos habitantes.



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Poesia falada, Mulher Alentejana.