sexta-feira, 7 de junho de 2019

Cegueira...


A saudade é larga num terreiro de pedra,
o preço é o peso sem partida,
choro em dia de inverno,
inferno sem memória, espinha dorsal
à deriva.

Para que grito, se o grito morre,
preso nos confins do universo.
Para que sonho se até o sonho
é remoinho a céu aberto.

Mendigo o pão, um olhar,
a descoberta.
Imploro um sorriso
fresco de criança
a quem passa.

Vontade sonolenta
na sonolência do dia.
Na frieza da cegueira.
Na correria apressada…
Cega a quem morre na calçada!...



Sem comentários:

Enviar um comentário

Poesia Falada.