Não sei de
caravelas nem de gigante.
Perdeu-se a
vontade e até a saudade
é uma
certeza cruel, sentir gritante,
imunidade num
tempo sem verdade.
Dizem, sei
que dizem que a realidade
não é desejo,
nem solfejo. O mar é gente.
É fado!... Ou
então deve ser semelhante
à cova rasa
de onde emerge a fria sorte.
Povo de pés
descalços. Olhar de frente…
Grita, grita
como quem beija. Mas cala!...
Calas como
quem chora, povo emergente.
Não sei… ou
sei… e saberei, novamente.
Que hoje,
Dez de Junho, o grito é a alma
tresmalhada,
remando contra a corrente.
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