sábado, 15 de junho de 2019

Caprichos da vida…


Disfarças o tempo em bandeja de prata.
Largas os sonhos num cofre de cetim.
Olhas o amor do alto de uma escarpa.
Vives na ilusão que não chegará o fim.

Corres apressado e omites que a estrada
é traiçoeira. Sim, ou Não. Porque, Sim!...
Sim. Nela o prenúncio é baliza frustrada.
É o tempo a dizer que acabou o festim.

Talvez desejasse que a mente albergasse
uma réstia de luz, ou um pouco de paz.
Quiçá quisesse que o tempo desistisse…

São caprichos da vida, ou ilusão mordaz.
Se o que pesa nos ombros é o interesse
domado pelo ego, corta como tenaz.



Sem comentários:

Enviar um comentário

Poesia falada, Mulher Alentejana.