sexta-feira, 28 de junho de 2019

Resto ou rosto da utopia…


Há uma clemência submissa,
encobre a cegueira.
desvirtua o presente,
faz do receio um rio.

Morrem os peixes
defeca a espera
empurra a má sorte.
por caminhos nunca vistos.

Só os poetas são a melodia
desafinada
desencontrada
num tempo sem base.

Ah, como pesa o reboliço
em que a alma se encontra.
Como chora essa alma
o coração
a ilusão.

Quietude intempestiva.
Melodramática atitude.
Resto ou rosto
da Utopia…





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Poesia falada, Mulher Alentejana.