terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Dias Risonhos...


Ando arredada e sem rumo certo.
Deixo aos dias a supremacia do sol.
Quando fecho os olhos tudo é incerto.
E a ilusão é apenas um fraco lençol.

Caminho apressada, o fim está perto.
Dizem os ecos de um negro paiol!
O amor grita em ais: nada de concreto,
a Terra é fria e carece de um alto farol.

Quanto pesa a pressa nos meus olhos…  
Se passa por mim uma criança triste.
Um velho sem sol, uma mãe sem sonhos.

Quanto pesa ao peito os feios demónios…
Sempre que afirmo que se o frio existe:
É porque me esqueci dos dias risonhos!




Sem comentários:

Enviar um comentário

Poesia falada, Mulher Alentejana.