Não vejas em mim o vazio.
Sou um riacho escondido
no ventre da terra.
No caudal transporto mil
sonhos
e nas margens a orla do pensamento inferior.
No fundo, sou um poço
sem fundo!
Um tormento, um
momento...
Passageiro, como efémera
também pode ser a solidez
da voz. Na memória dos
que não tem estuário.
Não sei de mim, mas sei
que o instante flui.
Transborda e revive o impossível.
Abre alas através da
corrente
onde borbulha a dor e o
amor…
Em pé de igualdade!
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