Se amanhã de manhã uma luz pairar
nos olhos de alguém que não sabe ver.
Direi que
são clarões prestes a quebrar
as sendas diárias,
um riacho a correr…
Se pela
tardinha o cego cantar.
Uma triste
canção e no estribilho o ser,
der o lamiré
a quem estiver a escutar.
Só sei que a
virtude lhe roubou o ter.
Os pesos da alma
tem um pouco de tudo.
Bem sei que
o sol também descora a vida
mesmo que o
cego esteja desnudo.
Que ténue refrão numa rota despida.
Se é nas
vielas que se perde do mundo.
Se até o amor morre na sombra tingida.
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