quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Como me vês...


Vesti uma capa previsível… Fria e crua!
Com ela disfarço o silêncio que habita
no meu ser. Vesti… mas continuo nua.
Tremo de frio e mesmo viva estou extinta.

Corro… daqui e dali o som de uma falua…
Único habitáculo que o coração olvida.
Quimera esquecida, ou o mundo da lua…
De alma lavada, muito embora sucinta.

Como me vês… fado de um tempo perdido.
Rainha descalça de um prazo que não é meu.
Sentimento difuso… nenhures é sentido!...

Como me vês… irmão na saudade, proscrito.
É o verbo de um poema sem futuro ou véu.
Como me vês… mulher… ou um rosto polido.



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Poesia falada, Mulher Alentejana.