Peço ao
tempo que me falta no tempo…
Segundos ou
minutos, diminutos, fugidios…
Peço ao
tempo um tempo sem tempo.
A sonolência
dos dias já de si arredios.
Peço meu
amor um pouco do teu tempo.
Nas mãos
abertas há sinais escorregadios.
E os meus
olhos escondem até os suplícios.
Num sorriso
morno a lembrar que o tempo…
É o que
fazemos dele… é rei e senhor.
Labirinto, pôr-do-sol…
o morno da manhã.
É abismo, é barreira…
insígnia sem qualquer cor.
Por isso
peço ao tempo a cor de uma romã.
O bater do
coração, uma sombra… O teu amor.
Se ao tempo
resta a terra… um catre sem lã!...
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