sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Um pouco do teu tempo…


Peço ao tempo que me falta no tempo…
Segundos ou minutos, diminutos, fugidios…
Peço ao tempo um tempo sem tempo.
A sonolência dos dias já de si arredios.

Peço meu amor um pouco do teu tempo.
Nas mãos abertas há sinais escorregadios.
E os meus olhos escondem até os suplícios.
Num sorriso morno a lembrar que o tempo…

É o que fazemos dele… é rei e senhor.
Labirinto, pôr-do-sol… o morno da manhã.
É abismo, é barreira… insígnia sem qualquer cor.

Por isso peço ao tempo a cor de uma romã.
O bater do coração, uma sombra… O teu amor.
Se ao tempo resta a terra… um catre sem lã!...



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Poesia falada, Mulher Alentejana.